Foi notícia na edição de 28 de janeiro do jornal O Garibaldense, de Garibaldi, na serra gaúcha: a professora Fabiana Facchini Marchese recebeu um prêmio pelo envolvimento e desempenho com a plataforma Escolas Conectadas. Foram 34 formações concluídas somente em 2020 no currículo da professora, o que a deixou entre os quinze cursistas selecionados pela ação de reconhecimento da Fundação Telefônica Vivo. 

— Recebi muitas mensagens de parabéns das minhas amigas, me mandaram foto da notícia no jornal, foi muito gratificante! Tenho várias amigas professoras e elas sabem que eu gosto muito da minha profissão e fiquei muito feliz com esse reconhecimento — relata.

Fabiana é professora itinerante na Escola Municipal de Ensino Fundamental Valentin Tramontina, em Garibaldi, na serra gaúcha, ou seja, ela atende em média 70 alunos entre Pré I, Pré II e primeiro ano, cobrindo os dias de planejamento dos professores titulares. 

A professora gaúcha encontrou o Escolas Conectadas como uma maneira de continuar se aprimorando mesmo longe da sala de aula durante a pandemia. Os alunos dela não têm um acesso constante à internet, mas ela ainda encontrou conhecimentos na plataforma para aplicar à realidade da escola.

Com a pandemia de coronavírus, a instituição decidiu elaborar e disponibilizar materiais impressos para os alunos. Familiares e cuidadores retiram e devolvem materiais na escola a cada quinzena. Fabiana também produziu o material para as três turmas, mas, até por serem crianças pequenas, que necessitam de acompanhamento constante dos adultos, viu pouco retorno consistente.

— Me ajudou muito nesse tempo de isolamento a ocupar o meu tempo e adquirir conhecimentos para me reinventar para os meus alunos. Fazia um curso e já queria fazer outro, virou uma rotina! — conta.

Os dois filhos de Fabiana, Júlia, 14 anos, e Gabriel, 8 anos, estão acompanhando aulas síncronas on-line das suas escolas (Júlia, de manhã, e Gabriel, à tarde), o que deixou Fabiana com o horário do almoço para fazer as formações do Escolas Conectadas no computador. Foram quase mil horas dedicadas à formação continuada em 2020, com certificados emitidos que ela poderá usar para a progressão de carreira na educação pública.

— Um material didático excelente e atividades muito criativas! Em um dos cursos tinha avaliação, no outro era um projeto, sempre uma novidade. Acho que as pessoas só têm a aproveitar mesmo, acho que é uma oportunidade de fazer um bom trabalho na educação — recomenda.

Com tantas horas certificadas, o Escolas Conectadas até criou um problema para a professora Fabiana:

— Imprimi tanto certificado aqui em casa que tive que comprar uma pasta nova para colocar todos, porque faltou lugar! — se diverte.

Clique aqui para ler a entrevista que Fabiana concedeu ao jornal O Garibaldense (na contracapa)

Duas décadas dedicadas à educação

O reconhecimento da Fundação Telefônica Vivo e também da cidade dela marcam o início de 2021 para Fabiana, que neste ano comemora duas décadas de profissão. Ela concluiu o antigo Magistério, junto do Ensino Médio. Em 2001, foi nomeada para cargo municipal depois de ter sido aprovada em concurso público.

— Vim parar na Educação pelo amor mesmo. Eu sempre tive essa vontade, brincava de professora quando era criança e esse ano eu completo 20 anos de carreira, com muito orgulho — comemora.

Fabiana também cursou a faculdade de Letras e especializou-se em educação especial. Para o ano letivo de 2021, a professora espera retornar às salas de aula da escola que trabalha, mesmo que com uma capacidade reduzida de estudantes. 

— Eu acho que vai ser melhor porque acho que a gente precisa desse contato com os alunos. Aqui, recebemos [presencialmente] alunos do 1º ano. Dividimos os horários e conseguimos alfabetizar vários alunos que vieram duas vezes por semana, eu acredito que fizemos milagre com esse tempo — reflete.