Educação antirracista: os desafios para zerar a desigualdade racial na educação brasileira
29/05/2020
No Brasil, uma série de acontecimentos que constituem o passado da nossa sociedade ainda deixam as suas marcas nas nossas estruturas socioculturais, políticas e econômicas até os dias de hoje. Como é o caso da dívida histórica do país com a população negra, denotada por uma desigualdade que ultrapassa gerações.
Recentemente, a pesquisa Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, apontou que pela primeira vez negros são a maioria nas universidades públicas do Brasil, uma informação muito animadora e que ressalta a importância de políticas públicas no acesso da população preta e parda às redes públicas de ensino superior.
Porém, ainda existem números que expressam como a desigualdade ainda está presente no território brasileiro. Um estudo do IBGE divulgado em 2019 demonstra o quanto o Brasil ainda precisa avançar nas suas iniciativas para erradicar a desigualdade racial. O levantamento da síntese de indicadores sociais aponta que no ano de 2018 a taxa de jovens brasileiros de 18 a 24 anos no o ensino superior (incluindo concluintes) era de 25,2%. Ao considerar apenas jovens brancos no ensino superior, a taxa muda para 36,1% enquanto no caso dos jovens negros ela passa a ser reduzida pela metade, representada por 18,3%.
Quando o recorte da Síntese de Indicadores Sociais de 2019 refere-se aos adolescentes com idade entre 15 e 17 anos, os números demonstram que em 2018 os jovens pretos ou pardos tinham as taxas de abandono ou reprovação mais elevadas que a dos brancos, assim como as taxas de atraso escolar. O estudo também apontou que a taxa de analfabetos também retrata a desigualdade racial no país. Em 2018, o analfabetismo no Brasil era de 6,8%. Destes analfabetos, 3,9 eram brancos e 9,1% pretos ou pardos.
Diante desses números alarmantes, quais são os desafios para zerar a desigualdade racial na educação brasileira? Por onde o educador pode começar?
Não há dúvidas de que o desafio que temos pela frente é grande. Inclusive, a Organização das Nações Unidas tem entre seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável reduzir a desigualdade e oferecer uma educação de qualidade - tais objetivos estão em um acordo entre diversas nações ao redor do mundo inteiro, incluindo o Brasil, que também assinou esse compromisso. Mas além do dever concedido aos governos, há outras ações nas esferas educacionais que podem contribuir nesta missão, como promover iniciativas de acolhimento e conscientização antirracista dentro das escolas.
E por acreditar na importância desse tema e compreender o papel nobre dos professores no ensino das novas gerações, a plataforma Escolas Conectadas oferece um espaço para debater, refletir e repensar atividades pedagógicas através do curso Escola para todos: promovendo uma educação antirracista, de forma a tornar as ações e relações em sala de aula cada vez mais inclusivas e antirracistas.
E por acreditar na importância desse tema e compreender o papel nobre dos professores no ensino das novas gerações, a plataforma Escolas Conectadas oferece um espaço para debater, refletir e repensar atividades pedagógicas através do curso Escola para todos: promovendo uma educação antirracista, de forma a tornar as ações e relações em sala de aula cada vez mais inclusivas e antirracistas.
Com essa formação você poderá se aprofundar na lei 10.639, suas razões e implicações educacionais; compreender o conceito de ambiência racial; conhecer as perspectivas de uma educação antirracista e sensibilizar o olhar para situações em sala de aula nas quais o racismo pode se manifestar, para nesses casos, poder propor abordagens pedagógicas que combatam a discriminação e promovam o respeito às diferenças.
ESSE CONTEÚDO FOI INSPIRADOR?
11/11/20 19:29