Os impactos das aprendizagens prioritárias para a prática docente

Os impactos das aprendizagens prioritárias para a prática docente

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22/05/2024

Entre 13/05 e 08/07, Escolas Conectadas abre uma nova turma do curso 'Aprendizagens prioritárias para alfabetização e letramento matemático'

 

Desde que o universo da educação voltou à normalidade após a pandemia, muitos educadores passaram a ter um objetivo em comum: recuperar a aprendizagem perdida no período em que as escolas estavam fechadas. No entanto, dúvidas semelhantes surgiam nesse processo, como compreender quais deveriam ser as aprendizagens prioritárias e, a partir desse entendimento, com quais estratégias e metodologias elas deveriam ser trabalhadas em sala de aula para apoiar o desenvolvimento dos estudantes.

Para auxiliar os educadores de todo o Brasil diante dessas questões, a plataforma Escolas Conectadas disponibiliza gratuitamente o curso “Aprendizagens prioritárias para alfabetização e letramento matemático”, que explora os instrumentos de priorização disponíveis e o planejamento de aulas, buscando favorecer a aceleração das aprendizagens levando em conta os parâmetros definidos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

A boa notícia é que uma nova turma desse curso será disponibilizada no Escolas Conectadas. A formação possui certificação, tem carga horária de 10 horas e poderá ser realizada entre o período de 13/05 e 08/07. Este curso já foi concluído por diversos profissionais da educação do país, e a seguir reunimos depoimentos de alguns desses educadores.

Responsabilidade de toda a escola

Professora de educação infantil no município de Jauru (MT), Eliete de Souza define a priorização de aprendizagens como uma responsabilidade de toda a escola, mas também como um desafio significativo especialmente para os educadores. “Identificar quais são essas aprendizagens essenciais e entender como aplicá-las se tornou ainda mais complexo após a pandemia, que aumentou os níveis de defasagem educacional. A realização do curso foi crucial, pois seu conteúdo atendeu diretamente às minhas necessidades e aspirações em relação aos meus estudantes”, afirma.

Eliete elencou alguns dos inúmeros desafios enfrentados durante esse processo, como o aumento da defasagem educacional; a diversidade entre os níveis de aprendizagem; a falta de engajamento e motivação; os cuidados com a saúde mental e o bem-estar; e a necessária adaptação de metodologias de ensino.

Segundo a educadora, participar da formação a ajudou a superar esses obstáculos de três maneiras: elaborando estratégias de diagnóstico, aplicando metodologias ativas e aprendendo a diferenciar o ensino para atender às necessidades individuais dos alunos, respeitando os diferentes ritmos e estilos de aprendizagem. 

“O curso me apresentou ferramentas e métodos eficazes para diagnosticar as lacunas de aprendizagem dos alunos, permitindo um planejamento mais preciso e direcionado”, reforça Eliete. “Ainda, trouxe diversas metodologias ativas que ajudam a engajar os estudantes, tornando o aprendizado mais dinâmico e participativo.”

Educador aprende, estudante impactado

O curso “Aprendizagens prioritárias para alfabetização e letramento matemático” também trouxe importantes contribuições para Rodolfo Paritsie, indígena da etnia xavante e professor da Escola Estadual Indígena Jucelino Tseremaa, localizada em Barra do Garças, no interior do Mato Grosso.

“Em um mundo globalizado como o de hoje, não podemos perder a oportunidade de aprender e instruir os nossos jovens estudantes, para que tenham um futuro de condições melhores”, avalia Rodolfo.

Ele afirma que, ao apoiar o aprendizado e a aquisição de conhecimento dos próprios educadores, a formação também impacta diretamente uma geração de jovens indígenas. “Participar deste curso me habilitou para que eu pudesse melhorar a minha aula. Tudo o que aprendi estou aplicando.” Esse foi o primeiro curso do Escolas Conectadas que o educador indígena realizou, mas ele não pretende parar por aí: “é o início de muito aprendizado para mim”.

“Me tornei uma professora melhor”

No interior do Maranhão, mais precisamente em Marajá do Sena, a educadora Antonia Ribeiro não trabalhava com educação há uma década. “Realizar este curso foi um reinício para mim, após uma longa pausa. Dá para imaginar o quanto meu conhecimento metodológico estava ultrapassado, não é?”, observa.

Suas turmas de recomposição na Escola Municipal José do Carmo Carvalho eram mistas, ou seja, reuniam estudantes de diversas turmas dos anos finais do Ensino Fundamental. “Vários deles que ainda não estavam completamente alfabetizados, alguns nem escreviam o nome. O curso me deu a oportunidade de conhecer as habilidades da BNCC, já que antes eu sempre me baseava na Lei de Diretrizes e Bases (LDB). Pude aprender como é importante priorizar aquilo que é necessário para o desenvolvimento do aluno de acordo com o nível da aprendizagem.”

Para além do impacto em sala de aula, a professora afirma que a formação a ajudou a reingressar no universo escolar. “Estava buscando meios para me desenvolver, e o curso me fez sentir a necessidade de ir além, me aprofundar ainda mais. Foi muito gratificante e me tornei uma professora melhor, sempre em busca de renovar, inovar e contribuir para a educação do município”, finaliza.

ESSE CONTEÚDO FOI INSPIRADOR?

Comentários - 2


Josemiltom de Sousa da Fonseca
26/05/24 09:16
Josemiltom: Barreirinhas MA: o educador precisa das tecnologias para dar suporte ao trabalho, todavia se o educador não souber lhe dar com a tecnologia,  o trabalho muitas vezes pode ser afetado.
Eliete Maria Ribeiro de Souza
07/06/24 14:06
Infelizmente ainda estamos colhendo os frutos da pandemia. Muitas crianças nos 4º e 5º anos com defasagens de aprendizagens. Mas vemos os esforços dos colegas professores para fazer com as crianças recuperem as aprendizagens não adquiridas.

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