Para a professora Ana Delmar, as tecnologias digitais têm muito a somar no compartilhamento de conhecimentos. Entenda como ela faz e incentive também construções coletivas em sala de aula !

“Acredito que uma das formas mais generosas de fazer o bem é compartilhar conhecimento. Afinal, essa é a única moeda que nunca perde o seu valor”, afirma a professora Ana Delmar, 57 anos. Atualmente, ela leciona Artes Visuais em duas escolas, uma pública e outra particular, no município de Garopaba (SC). 

No entanto, Ana acompanha o desenvolvimento dos estudantes desde a década de 1980. À época, ela lecionava Língua Portuguesa e Literatura, área de sua primeira graduação. Com o passar dos anos, a professora também se formou em Filosofia. 

Aliás, essa é uma característica marcante de Ana Delmar: estar sempre em busca de conhecimento. Tanto é que a ideia de trabalhar com Artes Visuais surgiu durante a pandemia, em 2020. “Foi um tempo muito solitário, então decidi voltar a estudar”, complementa a educadora.

Impossibilitada de fazer o estágio obrigatório presencial, Ana começou a fazer cursos a distância a fim de alcançar as horas complementares necessárias para sua graduação. Ao todo foram 19 cursos. Entre eles, alguns disponíveis aqui na  plataforma Escolas Conectadas. 

Nesse meio tempo, Ana também iniciou duas pós-graduações, uma em Linguagens da Arte e outra em Sociologia. “Estudava quatro horas de manhã e quatro horas à noite. Foi muito gratificante, só conseguia pensar no quanto eu poderia agregar para os meus estudantes”, reforça.

Tecnologias digitais como ferramentas de conexão

Embora tenha acumulado muitos conhecimentos marcantes ao longo dos dois últimos anos, a professora Ana Delmar destaca o impacto que o curso “Produção colaborativa de conhecimento: redes para multiplicar e aprender”, do Escolas Conectadas, gerou no seu fazer pedagógico. 

“Desde os textos até os recursos digitais disponíveis, o conteúdo todo é muito rico. A partir desse curso, ganhei uma amplitude maior para conectar todos os conhecimentos adquiridos e colocá-los em prática no dia a dia”, comenta a educadora.

Isso porque o objetivo do curso é oferecer recursos para que educadores possam aproveitar a potência das tecnologias digitais para incentivar construções coletivas em sala de aula, criando redes e despertando o protagonismo dos estudantes.

Esse é um grande desafio que nós, enquanto educadores, temos: engajar os estudantes. Sobretudo diante de um mundo em constante transformação. Eu que tive a oportunidade de acompanhar essas mudanças ao longo das gerações, percebo que as tecnologias digitais podem nos ajudar a gerenciar essa gama de conhecimentos”, acrescenta. 

Semana de Arte, Tecnologia e Sociologia

Como resultado dessa trilha formativa, Ana decidiu aproveitar o centenário da Semana de Arte Moderna para envolver os estudantes do 8º ano em um exercício de conexão entre Arte, Tecnologia e Sociologia. 

Após apresentar uma linha do tempo artística e os elementos que caracterizaram o modernismo no Brasil, foi a vez dos estudantes pesquisarem e complementarem essas informações iniciais com recursos digitais. 

Para isso, eles tiveram que definir quais sites eram confiáveis para pesquisar, checar as informações e trazer uma releitura das obras para o contexto atual. Logo depois, passaram a colocar a mão na massa e iniciar as pinturas. No dia 30 de agosto, a escola fará uma exposição com os trabalhos dos estudantes.

“Eles estão encantados com o que produziram. Nosso papel é despertar neles esse anseio pela aprendizagem. Por isso, agradeço ao projeto Escolas Conectadas por me ajudar a ampliar a minha visão de mundo e poder estendê-la para os estudantes”, finaliza Ana. 

Sobre o curso Produção Colaborativa de Conhecimento

O mundo digital revolucionou a forma como nos comunicamos, lidamos com a informação e construímos o conhecimento. Sendo assim, este curso de 50 horas traz reflexões sobre as possibilidades de conexão entre tecnologias digitais e aprendizagem em rede. Passando pelas competências e habilidades previstas pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular), os educadores terão acesso a recursos e inspirações para repensar metodologias ativas e colaborativas.

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