Como superar a defasagem de aprendizagem no dia a dia do ensino?

Como superar a defasagem de aprendizagem no dia a dia do ensino?

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22/02/2024

Após dez anos fora da sala de aula, professora usou formações on-line para superar a defasagem de aprendizagem de seus estudantes. Conheça essa história!

 

A recomposição da aprendizagem é apontada por especialistas como um dos temas prioritários para a educação em 2024. Quem está atuando em sala de aula lida diariamente com desafios de se construir estratégias e intervenções educacionais destinadas a apoiar os estudantes para que alcancem o nível adequado de aprendizagem, seja em relação aos componentes curriculares, habilidades cognitivas ou mesmo marcos de desenvolvimento. 

Em busca de superar essas questões, professores contam com a formação continuada para ganharem recursos e estratégias com foco na superação da defasagem de aprendizagem. Foi o que fez a educadora C​​ervan Gomes Ferreira, do Mato Grosso, ao se inscrever no curso Defasagem de aprendizagem nos anos iniciais do Ensino Fundamental: (re)planejar para avançar, na plataforma Escolas Conectadas.

Depois de ficar dez anos afastada da sala de aula, ela encontrou no curso um alicerce para atualizar seus conhecimentos e traçar estratégias para lidar com a defasagem na disciplina que leciona. 

Inspire-se com essa história! 
 

De volta à sala de aula


É na Escola Estadual Dr. Artur Antunes Maciel, em Juína (MT), que a professora Cervan Gomes Ferreira, licenciada em História, voltou para a rotina de sala de aula em 2023. Isso porque nos últimos dez anos, sua carreira percorreu outros caminhos ao ingressar no Centro de Formação de Professores (Cefapro) e depois na coordenação de um centro de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Por fim, ela passou a atuar como assessora pedagógica. 

De volta às aulas de História, Cervan foi informada sobre os cursos da plataforma Escolas Conectadas pela Secretaria de Educação do Mato Grosso. Ao navegar pelas formações, ela vislumbrou várias possibilidades de aprimoramento para sua atuação pedagógica. "A partir desse momento, eu não desgrudei da plataforma. Para mim, ela é um guia para nossa prática em sala de aula", diz. 

Professora Cervan Gomes Ferreira (crédito: acervo pessoal)


Foco na recomposição de aprendizagem


O curso sobre defasagem de aprendizagem chamou a atenção da professora Cervan porque ela notou que seus estudantes tinham dificuldade com leitura e escrita, reflexo dos anos de Ensino Remoto no período da pandemia. Mas a educadora observa que já lidava com os desafios da recomposição de aprendizagens antes disso. Quando atuava como coordenadora pedagógica em outra instituição, os professores frequentemente relatavam dificuldades dos alunos para a leitura, escrita e na formação de cálculos simples, mesmo entre estudantes do Ensino Médio. "Eu queria realmente buscar estratégias para resolver a defasagem dos alunos", diz. 

Como ponto de destaque da formação on-line, a professora aponta o entendimento, na prática, da avaliação diagnóstica com o olhar voltado para as individualidades dos estudantes. "Me chamou atenção no curso a forma como vou anunciar meu objeto de conhecimento, propor as atividades e colher o conhecimento que meu aluno tem a respeito do que estou trabalhando". Esses pontos foram absorvidos e colocados em ação por ela.

Leia mais: Recomposição de aprendizagem: dos desafios à prática em sala de aula


Colocando novos conhecimentos em prática


A professora C​​ervan Gomes Ferreira explica como conseguiu aliar o conteúdo programático aos conhecimentos esperados para estudantes nas aulas de História do Brasil, que ministra para o 9º ano do Ensino Fundamental. 

“A habilidade esperada para os conteúdos sobre a Era Vargas e a Ditadura Militar era o entendimento sobre as transformações da sociedade brasileira e o protagonismo da sociedade civil. Para isso, precisei instigar os meus alunos a compreenderem o contexto social, cultural, econômico e político daquela época. Para fazer uma relação com a atualidade, é preciso que o aluno tenha essa compreensão. Depois, pensamos sobre a nossa constituição atual e os avanços que tivemos”, conta. 

Neste ano letivo, Cervan deve assumir turmas de Ensino Médio. Nos primeiros dias de aulas, período chamado de "sondagem", ela deve se dedicar à avaliação diagnóstica e formativa. Assim, poderá desenvolver um planejamento pedagógico consistente que a acompanhará ao longo de 2024. Segundo ela, esse planejamento não será estático, mas terá espaço para que ela possa corrigir a rota quando necessário, com o andamento das aulas. 

Ela ainda espera seguir fazendo as formações de Escolas Conectadas para trabalhar os mais diversos aspectos de seus estudantes, como o desenvolvimento da criatividade e de competências socioemocionais. Em conjunto com a disciplina de Projeto de Vida, a educadora comenta que pretende trabalhar o autoconhecimento, a valorização do “eu” e o conhecimento das potencialidades dos alunos. 

Leia mais: Reconstrução da Educação: especialistas debatem sobre os caminhos possíveis para a educação pública de qualidade

 

É hora de superar a defasagem

 

Se você, educador(a), também percebe a importância de criar estratégias e conhecer novos recursos para superar a defasagem, conheça o curso Defasagem de aprendizagem nos anos iniciais do Ensino Fundamental: (re)planejar para avançar. Totalmente on-line e gratuita, essa formação apresenta o conceito de defasagem de aprendizagem diferenciando-o das diferenças de aprendizagem de cada estudante. São apresentados caminhos possíveis para sua superação a partir de estudos de caso e aplicações práticas.

 

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