Histórias inspiradoras de educadores que marcaram o Escolas Conectadas em 2025
Relatos mostram como processos formativos ganham força quando conectados aos desafios da sala de aula.
Ao longo de 2025, a plataforma Escolas Conectadas reuniu relatos de educadores que, após realizarem cursos gratuitos, decidiram ressignificar suas práticas, experimentar o novo e envolver estudantes em projetos que dialogam com a vida real.
Essas histórias de todo o Brasil demonstram como processos formativos ganham força quando conectados aos desafios concretos das escolas.
A seguir, trazemos um panorama inspirador dos relatos publicados durante o ano, organizados pelos temas que estiveram presentes nas salas de aula pelo país. Confira!
Inovação e tecnologia para aprender com sentido
1. Animação para conscientizar sobre o HPV
Elaine Soares (RJ) transformou o aprendizado sobre saúde pública em criação artística: estudantes produziram animações para compreender o que são doenças sexualmente transmissíveis, como preveni-las e por que a vacinação importa. O processo criativo ajudou a dar voz aos jovens, aproximando ciência, linguagem digital e cuidado com o próprio corpo.
2. Inteligência Artificial a serviço da fluência leitora
Em um projeto que une tradição e futuro, as educadores Roberta Taffarello e Iolanda França (SP) integraram ferramentas de IA às práticas de leitura diária. O recurso ajudou a acompanhar o ritmo de cada estudante, oferecer devolutivas personalizadas e fortalecer o gosto pela leitura. Uma experiência que mostra como a tecnologia, quando usada com intencionalidade pedagógica, amplia possibilidades.
3. Robótica e programação para desenvolver protagonismo
Outro destaque do ano veio de uma escola de João Monlevade (MG), que incorporou robótica e programação ao currículo, estimulando raciocínio lógico, criatividade e resolução de problemas. A prática, promovida pelo professor Hailisson Ferreira, aproximou os estudantes dos desafios contemporâneos e ampliou o letramento digital, sempre com atividades mão na massa e colaboração.
Inclusão, diversidade e cidadania na prática escolar
4. Educação inclusiva com apoio das tecnologias digitais
As professoras Rosa Helena da Silva (SP) e Andrea Leinat (MT) reorganizaram atividades e recursos digitais para garantir a participação de estudantes com diferentes necessidades. As histórias mostraram que pequenas adaptações podem gerar pertencimento e autonomia, desde o uso de vídeos acessíveis até a oferta de tarefas multimodais.
5. Formação para a cidadania digital
O relato de Glaucia Gonzaga (AL) trouxe reflexões sobre responsabilidade on-line, ética, segurança e convivência virtual. Após uma formação, a educadora conseguiu criar momentos de diálogo sobre redes sociais, exposição, combate à desinformação e respeito nas interações digitais. Assim, os estudantes passaram a enxergar o ambiente virtual como extensão da vida em sociedade.
6. Práticas antirracistas em sala de aula
Ao longo de 2025, três professores baianos trouxeram experiências de educação antirracista aplicadas em sala de aula: Gilvaneide Carvalho, que organizou um desfile de penteados afro; Marenice Costa, que propôs à turma uma reflexão sobre o local onde vivem a partir de fotografias tiradas de seus celulares; e Rosendo Lima, que criou um atelier artístico para fortalecer a identidade negra.
As práticas envolveram estudo de identidade, releitura da história afro-brasileira, valorização de autores negros e criação de espaços seguros de diálogo, experiências que reforçam o papel da escola na promoção da equidade racial.
Aprendizagens que conectam escola, território e expressão artística
7. Matemática que nasce do cotidiano
O professor Marcelo Moraes (MT) apresentou um case de ensino de matemática que partia da realidade dos estudantes, reunindo problemas inspirados no bairro, coleta de dados da comunidade e práticas investigativas. Uma abordagem que ajudou a reduzir bloqueios, fortalecer a autonomia e tornar os números mais significativos.
8. Educação ambiental por meio da programação
Uma atividade que integrou meio ambiente e computação, realizada pela pedagoga Fabiana Coronel e disponível para todos os educadores do Brasil, mostrou como a programação pode ser um caminho para discutir sustentabilidade. Os estudantes criaram pequenos projetos digitais para representar problemas ambientais e propor soluções, unindo criatividade e consciência ecológica.
Encerrando o ano, o blog apresentou o projeto Versos do Nosso Chão, em que a poesia, identidade e território se encontram. Estudantes escreveram e performaram textos que nasciam de suas próprias vivências. Assim, aquilo que começou como expressão individual floresceu em pertencimento e memória coletiva.
O que 2025 mostrou sobre o poder do professor
Os cases publicados ao longo do ano reforçam uma certeza: na educação, a transformação nasce da coragem de experimentar, escutar e criar junto com os estudantes. Cada história apresentada aponta caminhos possíveis, replicáveis, adaptáveis, reais e mostra que, quando educadores se apropriam desses temas com intencionalidade pedagógica, a aprendizagem ganha vida.
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