Autonomia como campo de encontros entre estudantes e professores no processo de aprendizagem

Autonomia como campo de encontros entre estudantes e professores no processo de aprendizagem

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13/08/2019
Na semana em que se comemoram o Dia do Estudante (11), Dia da Juventude (12) e Dia da Informática (15), abordamos como a plataforma Escolas Conectadas pode contribuir para que o professor possa adaptar suas práticas pedagógicas ao público jovem, por meio da tecnologia

Você acha que estudante é apenas quem frequenta a escola, ou universidade? Por definição, a palavra vem do latim Studiosus, caracterizando a pessoa dedicada, que gosta de algo, que é zelosa. O estudante é, portanto, aquele que ama o que faz, que ama aprender.  

Ainda que possamos ser estudantes em qualquer faixa etária, é na infância e adolescência que se tem maiores oportunidades de dedicar-se ao aprender. E é justamente nesse período escolar da vida que o indivíduo passa por um importante estágio do seu amadurecimento: a juventude. 

A definição de uma faixa etária da juventude é controversa. Segundo o Estatuto da Juventude do Brasil, é jovem no país todo cidadão com idade entre 15 e 29 anos. Já a Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que juventude é a fase entre 15 e 24 anos.

A própria ONU, no relatório "La juventud en Iberoamérica: tendencias y urgencias", de 2004, afirma que é impossível haver uma definição concreta e estável sobre o significado da juventude. “Cada época e sociedade impõem a essa etapa da vida fronteiras culturais e sociais que definem determinadas tarefas e limitações a esse grupo da população”, diz o documento.
Se a relação de identidade e juventude se forjaram por meio do consumo – de bens e culturais – as novas gerações encontraram na internet terreno fértil para explorar novas maneiras de se relacionar, se conectar com outras realidades e conhecimentos. Isso somente foi possível após a popularização e democratização do acesso à informática e seus avanços tecnológicos.
Logo, a juventude é um momento de questionamentos e transições. E por isso é importante que a escola esteja preparada e apta a dar vazão aos anseios e expectativas da geração vigente. 
Mas como?

Na educação, um dos maiores desafios da atualidade é saber como adaptar as práticas pedagógicas a essas novas expressões, identidades e ritmos da “cultura jovem”. Para que uma educação mais participativa e integral possa ser construída, é fundamental não só adequar conteúdos, mas também envolver os próprios sujeitos na construção dos saberes, considerando os que eles já trazem consigo.
A escola está desconectada dos jovens, é o que aponta a segunda edição da pesquisa Juventude Conectada, de 2016, realizada pela Fundação Telefônica em parceria com o Ibope, aponta para a necessidade de se renovar o modelo de ensino em vigor. Entre as principais críticas dos entrevistados ao modelo atual, a relutância em incorporar as novas tecnologias ao ensino (dentro e fora de sala de aula) e regras que tolhem a autonomia dos alunos.
Para o desenvolvimento da autonomia dos estudantes, Guilherme Schröder, mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e tutor dos cursos da plataforma Escolas Conectadas, aponta dois pontos importantes. O primeiro é que é necessário uma mudança de mentalidade:

– [É necessário] sair da lógica de onde o centro que emana a educação é o professor, que planeja e sabe o que vai dizer. O centro da educação não pode ficar apenas em conteúdos preestabelecidos, formatados em aulas e conjugados entre educador e educando. O centro da educação também não se resume apenas no estudante, mas se desloca para o campo de encontros no processo de aprendizagem. 

O segundo ponto é que, para desenvolver a autonomia, é necessário que o estudante se conecte com seus interesses: 
– Quando ele [estudante] se encontra com o desejo do que ele quer aprender, ele abre possibilidade de encontro com a intersubjetividade de outras pessoas e o aprendizado começa a emergir. 

Para auxiliar o professor a dar condições para promover a autonomia dos alunos, o catálogo da plataforma Escolas Conectadas oferece os cursos "Sem medo da indisciplina: a construção participativa da disciplina na sala de aula", "Mudanças de tempos e espaços para a inovação pedagógica" e "Inova Escola - Papel do Professor ". 

As Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) também são ferramentas interessantes a serem exploradas pelos professores em busca de uma conexão com o cotidiano dos alunos. No catálogo do Escolas Conectadas, estas temáticas são contempladas nos cursos: